Meu nome é Marcelo Sgrilli e criei o Máquinas Sonoras para compartilhar experiências e informações sobre diferentes fazeres envolvendo as tecnologias de áudio. 

 

Minha trajetória neste universo começou durante minha juventude nos anos 1990, quando através da música comecei a desenvolver uma curiosidade em torno do manuseio de equipamentos de som e instrumentos musicais. Fortemente Influenciado pelo meu pai, uma espécie de professor pardal que de tudo consertava, passei a me interessar pelos discos de vinil, pelas gravações experimentais em fita cassete até chegar na era digital com as novas possibilidades de criação e interação com o som no ambiente virtual dos computadores. Dos anos 2000 em diante, a música ganhou uma dimensão ainda mais importante nos meus fazeres, quando iniciei os estudos de guitarra, comecei a experimentar composições com grandes amigos daquela época e também fazer gravações usando softwares "arcaicos", que hoje são apenas parte da história do áudio digital.  Esse período foi também o momento mais efervescente da eletrônica na minha vida, quando me aproximei da cultura do DIY e comecei a montar os pedais de efeitos para guitarra. Foi um longo período de aprendizado que criou a base para os trabalhos de restauração que começariam a acontecer anos depois. 

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A partir dessa aproximação com a produção musical surgiu um novo interesse ainda ligado ao campo do áudio, mas agora envolvendo também a criação de imagens. E foi aí que, em 2008, comecei a graduação em Rádio e Televisão na UNESP.  Daí em diante, minhas atividades começaram a girar em torno da produção audiovisual, mas sem perder as conexões com o universo do áudio. Minhas experimentações despretensiosas com os softwares de áudio ainda na juventude, me encorajaram a seguir em áreas da pós-produção de áudio e vídeo e criação de trilhas sonoras. Em 2015, iniciei o mestrado no programa de Pós-graduação em Meios e Processos Audiovisuais na ECA/USP, momento em que me dediquei a uma pesquisa sobre as funções da trilha sonora nos produtos televisivos. Essa vivência acadêmica acabou me aproximando da atividade docente e, desde 2018, tenho atuado como professor na área do audiovisual no Instituto Federal de São Paulo.

 

Nos últimos anos, o estudo da música se desdobrou em dois novos focos de interesse:  o trabalho de restauração de diferentes tipos de tocadores de música (fonógrafos, gramofones, vitrolas) e o estudo da história da indústria fonográfica, que estabelece as conexões entre a evolução das tecnologias de áudio, a produção artística e os diferentes contextos sociais e econômicos da produção da música popular brasileira.  Este site surgiu em meio a este processo, a partir de uma intenção inicial de compartilhar informações sobre os processos de restauração de diferentes tipos de máquinas sonoras. Boa parte dessas informações estão espalhadas pela internet em língua estrangeira, então a ideia era organizar e disponibilizar o conteúdo em português e adicionar questões próprias da realidade brasileira.  De lá pra cá, o site tem sido um espaço de constantes transformações, ganhando novas sessões e conteúdos, como uma espécie de diário de bordo do meu próprio processo dentro deste universo. ​​

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